segunda-feira, 27 de abril de 2015

E enquanto eu chorava, sozinha a soluçar, senti umas mãos frias a passar pelos meus ombros e tocar meus cabelos, levantei a face tentando afastar as lágrimas dos olhos, a luz atrapalhava minha visão, mais eu vi, eu senti, eu sabia, era ele, era ele o motivo do meu choro, então ele sorriu, me olhou, afastou meus cabelos do rosto, e disse: vai ficar tudo bem, não vai? -eu assenti, mais na verdade queria dizer que não, queria pedi que ele ficasse, queria perdoá-lo. Mais eu não podia falar nada, não posso perdoar alguém que não me pediu perdão, alguém que irá partir independente das minhas suplicas. Ele me disse adeus, e se foi. Fiquei a chorar, desanimada, sem sentido de vida e me perguntei: como pode as pessoas errarem, e acharem no direito de voltar e consertar tudo com um sorriso, enquanto se é o motivo do choro de outro alguém, como as pessoas tem essa capacidade de serem tão vazias, de olhar apenas o ponto do próprio nariz, como conseguem ter uma visão fechada a um mundo fútil, como conseguem ser tão inúteis, ligar apenas para si, e ignorar ou passar por cima dos sentimentos dos outros, as pessoas são desumanas. Mais sabe, eu aprendi que o que você faz/causa em alguém hoje, amanhã você irá pagar, é como um ciclo, amanhã alguém pode vir e fazer com você o que você fez com outro alguém, ou pior. Faz parte da vida, ela sempre se encarrega de algumas coisas, talvez eu esteja passando por isso agora por que no passado magoei alguém, mesmo que não tenha percebido, ou pra mim achei que a pessoa não se magoaria e que estava realmente tudo bem, ou talvez eu simplesmente não tenho sorte, e me tornei o inicio da cadeia da vida, mais a verdade é que você pode conviver anos com alguém e ainda sim não conhecer a pessoa. Bom, certos casos a vida se responsabiliza em tratar, esse pode ter sido um. De qualquer forma sei que tudo passa, que as coisas mudam, que certos desastres acontecem para o bem, se hoje choro, futuramente sei que irei sorrir, pretendo me lembrar desse momento e não sentir dor, esquecer? Ilusão, você não esquece. As coisas apenas perdem o impacto. Mais como diz a escritora Mariolina Venezia, Mais vale um fim desesperado do que um desespero sem fim.
E lembre-se sempre as vezes os princípios começam nos fins. Um dica? Apenas viva, seja intensamente ou não, isso cabe a você, mais nunca deixe de viver, apenas existir não vale a pena.

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